Pré-candidata ao Senado pelo grupo do comunista, Eliziane também preferiu enviar recursos para as prefeituras.

Deputados federais maranhenses, alguns deles aliados do governador Flávio Dino (PC do B), deram um belo zignal no comunista.

A maioria dos parlamentares preferiu encaminhar diretamente aos municípios recursos, da ordem de quase R$ 50 milhões, oriundos de emenda de bancada.

Ano passado, através de um acordo firmado com a Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM), os 18 deputados federais e três senadores do estado garantiram que iriam destinar para o rateio entre as prefeituras maranhenses cerca de R$ 140 milhões, recursos, estes, provenientes das chamadas emendas impositivas.

O acordado previa, ainda, que este valor seria direcionado exclusivamente para a saúde.

Ocorre que os recursos teriam que passar pelas mãos de Flávio Dino, via Secretaria de Estado da Saúde, para posteriormente ser repassados aos municípios.

Os senadores Roberto Rocha (PSDB), João Alberto e Edison Lobão – estes dois últimos do MDB – além de deputados não alinhados ao projeto de reeleição do comunista, pularam logo fora e buscaram outras alternativas de enviar aos municípios que compõem as suas bases eleitorais os recursos aos quais tinham direito.

Este montante somou a bagatela de R$ 90 milhões, dos R$ 140 milhões previstos.

Os R$ 50 milhões restantes chegariam as prefeituras via SES. Ocorre que no início desta semana, através da coordenadora da bancada maranhense em Brasília, Luana Alves (PSC), alguns parlamentares resolveram mudar o jogo.

Ao invés de enviar o dinheiro para o governo do estado, o farão diretamente aos municípios.

Neste grupo estão deputados aliados de Flávio Dino, como são os casos de Zé Carlos (PT), Julião Amin (PDT) e Eliziane Gama (PPS) – esta última pré-candidata ao Senado pelo grupo do governador.

Dino não gostou nem um pouco da manobra e nas redes sociais, na noite de ontem, resmungou: “Espero que a oposição repense a decisão de mais uma vez retirar recursos federais da saúde do Maranhão, mediante o cancelamento de emenda da bancada federal. Estão punindo a sociedade, não ao governo”.

Só que já não havia mais tempo para mudanças.