Thiago Diaz pode ser o primeiro presidente da OAB/MA a ser destituído do cargo.

O conselheiro estadual José Alencar Oliveira ingressará formalmente na próxima semana, junto ao Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, em Brasília, com um pedido de intervenção federal na seccional maranhense, presidida por Thiago Diaz.

Caso a intervenção seja autorizada, Diaz se estabelecerá como o primeiro presidente da OAB/MA a ser destituído do cargo ao longo dos 85 anos de fundação da entidade.

A informação foi confirmada ao editor do Blog pelo próprio Alencar, agora a pouco, após sessão ordinária do conselho da seccional.

Na oportunidade, utilizando informações de matéria divulgada com exclusividade pelo Blog do Glaucio Ericeira, cujo título foi Falta de transparência marca processo milionário de reforma do prédio da OAB/MA, o conselheiro tentou, mais uma vez, obter do presidente informações sobre contratação de uma empresa para reforma do prédio da Ordem, em São Luís.

José Alencar disse que justificará o seu pedido, que deverá ser assinado por outros conselheiros estaduais e advogados, alegando a total falta de transparência por parte da gestão Thiago Diaz no que se refere à aplicação dos recursos arrecadados via Conselho Federal e através  das contribuições dos causídicos maranhenses.

Além do nebuloso processo de escolha da empresa R Costa Uchoa Júnior – EPP, com sede no município de Presidente Vargas, para reformar o prédio da entidade ao valor de quase R$ 1 milhão, o conselheiro também citará um possível esquema de superfaturamento na obra de construção da subseção de São João dos Patos, no interior do Maranhão, cujo valor inicial destinado pelo Conselho Federal foi de R$ 300 mil; e que teve um inexplicável aditivo solicitado por Thiago Diaz de R$ 289 mil, quase o dobro do valor inicial.

“Quando solicitamos informações acerca destes contratos, o presidente se nega a fornecê-las. Quando recorremos ao Portal da Transparência da Ordem, lá não consta absolutamente nada. Os conselheiros estaduais, os federais e, principalmente, os advogados e advogadas do Maranhão não aguentam mais este tipo de gestão. E é por isso que iremos solicitar a intervenção do Conselho Federal”, disse Alencar.

A sessão ordinária do conselho da seccional maranhense desta tarde foi marcada pelo clima de tensão.

Thiago Diaz irritou-se profundamente com o fato de José Alencar ter pedido a palavra para novamente solicitar informações detalhadas sobre contratos firmados pela entidade utilizando recursos advindos do Conselho Federal.