Morte do presidente da Assembleia Legislativa, ocorrida nesta noite, comoveu a classe política do Maranhão.

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, deputado Humberto Coutinho (PDT), 71 anos, será sepultado na manhã desta terça-feira (02), no município de Caxias, com honras de chefe de estado.

Coutinho faleceu esta noite, por volta das 20h40, na sua residência, em Caxias, cidade que ele administrou por dois mandatos.

O pedetista lutava há quatro anos contra um câncer e no último mês seu estado de saúde piorou.

O falecimento de Humberto Coutinho foi confirmado pelo diretor de Comunicação da AL, Carlos Alberto Ferreira, em nota distribuída à imprensa.

O velório e sepultamento com honras de chefe de estado foi uma determinação do governador Flávio Dino (PC do B), uma vez que Coutinho exerceu interinamente, em 2016, o cargo de governador e em função de ter falecido durante o exercício da Presidência do Poder Legislativo Estadual.

O comunista também decretou luto oficial no Maranhão por um período de sete dias, medida também adotada pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) em São Luís.

Por determinação do presidente em exercício da Casa, deputado Othelino Neto (PC do B), a Assembleia Legislativa decretou luto oficial por três dias.

O corpo de Humberto Coutinho será velado, em um primeiro momento, em sua residência, por familiares.

Pela manhã, será levado para o Ginásio da Facema, localizado ao lado do conjunto habitacional Eugênio Coutinho, para que a população de Caxias e de municípios da região possam se despedir do seu grande líder.

Ao final, será conduzido em carro do Corpo de Bombeiros pelas ruas da cidade até a capela da família, onde ocorrerá o sepultamento.

Políticos lamentam – A morte de Humberto Coutinho comoveu os mais variados agentes da classe política maranhense.

Flávio Dino, além de reconhecer o trabalho do aliado como presidente do parlamento estadual, disse que a perda de um amigo leal era imensa e dolorosa.

Othelino Neto, que assumirá, em definitivo, o comando da Casa em fevereiro, quando as atividades parlamentares serão retomadas, afirmou que “o Maranhão perde um de seus grandes líderes. Humberto Coutinho era um homem de poucas palavras e um conciliador, mas teve a coragem cívica de ser um dos grandes pilares de momentos relevantes da nossa política recente. Foi fundamental na marcante eleição de governador do saudoso Jackson Lago (PDT) e foi avalista desse movimento histórico da construção de um Maranhão de todos nós, sob a liderança de seu aliado e estimado amigo Flávio Dino”.

A ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) também se manifestou: “O Maranhão perde uma liderança política e um homem que lutou fortemente durante os últimos anos pelo restabelecimento de sua saúde. Ao longo de minha trajetória política, eu e Humberto Coutinho mantivemos uma relação de muito respeito, buscando o melhor para o Maranhão e para a região dos Cocais, onde ele manteve sua base, tendo sido eleito prefeito de Caxias e também Deputado Estadual. Que Humberto descanse e que Deus conforte Cleide, sua esposa e companheira, os filhos e toda a família. A todos eles, os meus sinceros sentimentos”.

O deputado federal e presidente do PDT no Maranhão, Weverton Rocha, disse que Coutinho deixa um legado de vida que é exemplo para as novas gerações.

O prefeito de Tuntum e presidente da FAMEM, Cleomar Tema, afirmou que Humberto Coutinho foi e sempre será referência na militância municipalista do estado do Maranhão; seja na condição de prefeito de Caxias; seja pela sua trajetória de político que sempre defendeu o fortalecimento dos municípios.

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Astro de Ogum (PR), avaliou que a morte do deputado abre uma grande lacuna na política maranhense, uma vez que ele foi uma expressão de competência e sensibilidade.

Edivaldo Holanda Júnior e família receberam com pesar a notícia da perda do ilustre maranhense e se solidarizaram com a esposa, Cleide Coutinho, filhos, netos, demais familiares, amigos e admiradores, rogando a Deus que conforte a todos neste momento de dor.