Continua repercutindo e causando mal estar no seio político do PC do B, partido do governador Flávio Dino, o imbróglio envolvendo a executiva municipal da sigla em São Luís e os vereadores Ricardo Diniz, filiado ao próprio PC do B, e Chico Carvalho (PSL).
Na última sexta-feira, o diretório comunista ludovicense emitiu nota repudiando o posicionamento de Diniz que, na condição de membro da Comissão de Educação da Câmara, apresentou parecer favorável à aprovação do projeto de lei nº 113/17, de autoria de Chico Carvalho, que institui o programa “Escola Sem Partido” na rede municipal de ensino da capital maranhense – reveja.
A repercussão foi tanta que os parlamentares resolveram retirar a proposta da pauta de votação. O projeto seria apreciado pelo plenário da Casa nesta segunda-feira (27).
A comunicação informando sobre a retirada foi feita ainda ontem, via redes sociais, pelo próprio Ricardo Diniz e pelo vereador Honorato Fernandes (PT), que exercem os cargos de 3º vice-presidente e 1º secretário da Mesa Diretora, respectivamente.
De acordo com os dois parlamentares, Chico Carvalho resolveu adotar a medida como forma de discutir a proposta de forma mais aprofundada com a sociedade.
Uma outra situação que também deve ter contribuído foi o fato de pessoas ligadas ao PC do B terem prometido se deslocar, nesta segunda-feira, à sede do Parlamento Municipal para protestar contra a aprovação do projeto.
Clique Aqui e Aqui para ler os comunicados de Diniz e Fernandes.
Chico Carvalho, também nas redes sociais, divulgou, neste domingo, o seguinte posicionamento sobre o assunto: “Minha proposta de escola sem partido não tem bandeira partidária ou mesmo envolve questão moral. Trabalhamos para evitar abusos em sala de aula de posições partidárias de profissionais. Queremos um aluno com pensamento crítico, sim, mas sem uma tendência de quem manda, determina ou organiza a escola. Na escola, o estudante terá o aprendizado de português, história, geografia, matemática e outras disciplinas. Questões éticas, religiosas e até posição políticas vem de casa. Vem da formação familiar”.