Caxias: O antes e o depois do prefeito Fábio Gentil

Mais conhecido na cidade pelo apelido de “Cabeludo”, o prefeito de Caxias, Fábio Gentil (PRB), elegeu-se ano passado prometendo novas práticas políticas.

Garantiu aos eleitores que faria diferente e não repetiria erros do seu antecessor, Leonardo Coutinho (PSB), que, segundo Gentil, na condição de gestor, praticava nepotismo ao empregar parentes na prefeitura, dentre eles a sua esposa, Liana Coutinho, que exerceu o cargo de secretária municipal da Mulher.

Se eu merecer seu voto e com a Graças de Deus chegar à Prefeitura, de uma coisa você pode ficar certo, nenhum parente meu será secretário (a) do Município. Como atualmente, a mulher do prefeito Dra. Liana Coutinho é. Isso não vou permitir, isso não é legal e nem tem o direito. A Prefeitura é do povo e não de uma família só. Sou Fábio Gentil 10 e só prometo aquilo que posso cumprir”, alardeava “Cabeludo” durante a campanha eleitoral de 2016.

Pois bem. Passado quase um ano do governo da mudança prometido pelo republicano, o Ministério Público Estadual instaurou procedimento investigatório contra Fábio Gentil.

Motivo: o prefeito empregou mais de 20 parentes em cargos dos primeiro e segundo escalões da administração caxiense.

Como fez Leo Coutinho, Gentil nomeou a mulher, Letícia Mabel Pinheiro da Silva, para pasta do Desenvolvimento Social.

A mãe, Maria do Rosário Pereira Rosa, foi destacada para dirigir o Hospital Municipal.

O irmão, Talmir Franklin Rosa Neto, administra o dinheiro da prefeitura através da Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Administração.

Quatro sobrinhos de Gentil também foram aquinhoados. São eles: Marcelo Rosa (diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto), José Gentil Rosa Neto (coordenador de Arquitetura, Paisagismo e Urbanismo), Teódulo Damasceno (coordenador de Finanças da Secretaria de Saúde) e Amanda Damasceno (coordenadora da SEMUS).

Outros três primos do prefeito — Ana Celia Pereira Damasceno (secretária municipal de Educação, Ciência e Tecnologia), Hermano Vieira Sousa (secretário adjunto de Saúde) e Gloria Lobão (coordenadora do Centro de Reabilitação da Secretaria de Saúde) – também foram contemplados.

Em entrevista do Blog do Ludwig, o procurador-geral do município, Adenilson Dias, afirmou que o seu chefe não está praticando nenhuma irregularidade, uma vez que a nomeação para o cargo de secretário possui natureza política.

De fato, existe entendimento pacífico no Supremo Tribunal Federal (STF) que, em tese, legaliza este tipo de prática.

Ou seja, Fábio Gentil pode até estar amparado por um entendimento judicial que, a qualquer momento, pode ser modificado.

Porém, confirma que suas propostas de campanha não passaram de balela para enganar o eleitor.

Abaixo, confira a reportagem da TV Difusora sobre o assunto.

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