Senadores não declaram se são favoráveis, ou não, à liberação integral de recursos para saúde

Os senadores Edison Lobão (PMDB), João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha (PSDB) se pronunciaram acerca do imbróglio (reveja) no qual estão envolvidos referente a liberação, ou não, de R$ 160 milhões, oriundos de emenda de bancada, para o setor da saúde dos municípios maranhenses.

No entanto, as notas e posicionamento dados pelo trio não clareou absolutamente nada sobre o cerne principal da questão.

Ou seja, eles não publicizaram se irão, de fato, assinar a ata que será encaminhada à Comissão Mista de Orçamento autorizando o envio dos recursos, de forma integral, para as prefeituras em 2018.

Os parlamentares garantiram que não querem prejudicar os municípios, mas preferiram utilizar de mais tempo para rebater as acusações feitas contra eles pelo governador Flávio Dino (PC do B) que, ontem, nas suas redes sociais, disse que a não autorização por parte dos senadores trata-se de um complô político para lhe atingir.

Ocorre que os R$ 160 milhões, caso sejam destinados na sua integralidade para o setor da saúde, terão, obrigatoriamente, que ser repassados aos municípios via governo do estado.

A definição acerca da liberação integral dos recursos ocorrerá ainda hoje.

Nota do senador Roberto Rocha

É indigna a posição do governador de tentar indispor a bancada de senadores com os prefeitos do Maranhão.

Afronta o bom senso e degrada as regras básicas da convivência política sugerir que os representantes do Estado na Câmara Alta estejam contra a saúde da população.

As emendas parlamentares, como bem diz o nome, são prerrogativas dos deputados e senadores do Maranhão. Cabe a eles, e somente a eles, decidir o destino das emendas. É grotesco que o chefe do executivo vocifere publicamente como se o recurso estivesse sendo retirado dos cofres estaduais. O que está em discussão é o orçamento da União, e não do Estado. Por acaso, em algum momento o governador convidou deputados federais e senadores para discutir o orçamento estadual?

Hoje mesmo, cumpri extensa agenda iniciada pela manhã em São Paulo, com o governador Geraldo Alckmin, e acertamos sua participação no dia 11/11, em Imperatriz, no nosso Seminário de Revitalização dos Rios Maranhenses e suas Nascentes. Na oportunidade, debateremos a crise hídrica do Rio Tocantins.

Em seguida, com o ministro Bruno Araújo, das Cidades, estive em Buriticupu entregando casas e Imperatriz, onde promovi o encontro do ministro com diversos prefeitos da região, em busca de soluções para os graves problemas que enfrentam os gestores municipais.

Voltei à noite para Brasília exatamente para equacionar, na sexta-feira, a questão das emendas, com diálogo e responsabilidade. Infelizmente fui surpreendido, na volta, pelo destempero incivilizado e orquestrado entre o Governo e a mídia de aluguel, com o propósito de desqualificar quem, com muito esforço, dedica-se à honrosa missão de representar o Estado.

Faço política aproximando pessoas, estreitando a distância entre os problemas e suas soluções. Com gestos e ações efetivas, e não com fanfarras retóricas para intrigar a população com seus representantes.

Nota do senador Edison Lobão

O Governador Flávio Dino mente ao dizer que os senadores do Maranhão têm a intenção de prejudicar os municípios do estado negando-lhes recursos para a saúde pública.

Os parlamentares não arrecadam recursos, nem são gestores de tais meios financeiros. Os deputados e senadores pedem, solicitam, subscrevem as chamadas emendas parlamentares demonstrando total interesse no sentido de ajudar os municípios.

A responsabilidade real de resolver os problemas de saúde pública, de saneamento, de rodovias é, isto sim, do governo do estado e supletivamente do governo federal e dos próprios municípios, infelizmente estes enfrentando graves dificuldades neste momento.

Já em anos anteriores não recusei solidariedade ao governo Flávio Dino, assinando emendas que lhe favoreciam.

Acho que o governador empregaria melhor o seu tempo cuidando dos interesses legítimos do povo em vez de dedicar-se com tanto ardor à promoção de selvagens lutas políticas.

O que se trata nesta fase é de recursos federais. Pois que sejam destinados pelo governo federal à saúde e a outras políticas públicas através dos seus ministérios.

O resto é falatório irresponsável.

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